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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Refinarias totalmente paradas - Greve em Leça

Refinarias totalmente paradas



Adesão «enorme» na Petrogal





Ao final do segundo dia de greve, a Fiequimetal/CGTP-IN refutou os «malabarismos» da administração do Grupo Galp Energia, reafirmou a «enorme adesão» dos trabalhadores e avisou que a luta vai continuar.



A paralisação total iniciou-se às zero horas de segunda-feira e iria prolongar-se até às 24 horas de ontem. Foi antecedida de recusa ao trabalho extraordinário, no fim-de-semana. Os trabalhadores exigem um aumento salarial mínimo de 55 euros (que equivale a uma subida média de 2,8 por cento) e pretendem que a empresa mantenha a distribuição de lucros ao pessoal, proporcional ao verificado no ano anterior.




A greve - esclareceu anteontem a federação sindical do sector - «foi convocada para a Petrogal, empresa que tem um efectivo de cerca de dois mil trabalhadores e que é determinante no Grupo Galp Energia (com 67 empresas e cerca de 5700 trabalhadores)». Mas, como há trabalhadores da Petrogal a laborar noutras empresas do grupo, em regime de cedência ocasional, o pré-aviso de greve foi emitido de forma a que também eles fossem abrangidos. Ora, «a administração, ao divulgar as adesões à greve na Petrogal, utiliza o número total de trabalhadores do Grupo Galp Energia, sabendo que está a falsear, conscientemente, a realidade».

A adesão foi muito elevada desde o primeiro momento. Na refinaria de Leça (Matosinhos, Porto), o nível praticamente total de participação na greve levou a que, às seis horas da manhã de segunda-feira, depois de assumir o controlo das instalações, o piquete decidisse o encerramento total da produção, o que levou também à paragem das obras de alargamento, que ocupam milhar e meio de trabalhadores. Estes, nos contactos com o piquete, demonstraram compreensão e solidariedade e, por outro lado, revelaram as duras condições em que trabalham, com grandes níveis de precariedade, salários baixos e remunerações não declaradas pelos patrões. À entrada da refinaria formou-se uma fila de dezenas de camiões-cisterna, impedidos de abastecer.

Na nota que divulgou à imprensa, terça-feira à noite, a Fiequimetal destaca «a enorme adesão dos trabalhadores à greve, particularmente nos sectores operacionais», «sempre acima dos 80 por cento», e a «paralisação total dos sectores vitais das refinarias do Porto e de Sines».

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Só é pena os combustiveis continuarem cada vez mais caros, com margens de lucros cada vez maiores, não para os trabalhadores mas sim para uma minoria de classe mega-elevada!
Seguramente que a melhor distribuição da riqueza e dos lucros continua a não ser tida em consideração, faz greve quem precisa de gastar dinheiro em bens essenciais que sobem de preço.. mas as petroliferas vão usar esta desculpa para mais um aumento que sobe o preço ao combustivel e influencia a todos os bens essenciais..

2 comentários:

  1. poIS E QUEM SE LIXA SOMOS NÓS! mAS ACHO MUITO BEM..O TRABALHADOR TEM DIREITO A PROTESTAR.
    Miss Pitt

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  2. Os trabalhadores da Petrogal aguardam até à próxima semana por um sinal de abertura da Galp Energia relativamente à retoma das negociações salariais ou, em Maio, regressarão à greve e a «novas formas de luta, até às últimas consequências».

    «Na sexta-feira endereçámos à administração uma carta a propor uma nova reunião. Nós privilegiamos o diálogo e o entendimento negociado e, se até agora isso não foi possível, é por exclusiva responsabilidade da administração, que na reunião de 30 de Março abandonou as negociações [salariais]», afirmou o coordenador da comissão sindical negociadora da Federação das Indústrias Metalúrgica, Química, Farmacêutica, Eléctrica, Energia e Minas (Fiequimetal), em conferência de imprensa em Matosinhos.

    Falando em conferência de imprensa frente à Refinaria do Porto, Armando Farias, adiantou que os trabalhadores aguardam até inícios da próxima semana por um sinal da administração da Galp Energia, caso contrário nos plenários marcados para segunda e terça-feiras serão já decididas «novas formas de luta durante o mês de Maio, agora ainda mais agravadas, incluindo a greve, até às últimas consequências».

    Na base do protesto dos trabalhadores da Galp Energia - que estiveram em greve na semana passada - estão os aumentos salariais propostos pela empresa após as várias rondas negociais realizadas, considerados insuficientes pelos sindicatos.

    A empresa avança um aumento de 1,3% para salários até 2.310 euros e de 1% para salários superiores, mas «os sindicatos reclamam uma distribuição de lucros e um aumento salarial de 2,8%, com 55 euros de aumento mínimo».

    O argumento da Galp de que «não tem condições» para atender às reivindicações dos trabalhadores é refutado pelos trabalhadores com base nos «lucros fabulosos de 213 milhões de euros» obtidos pela empresa em 2009.

    «Em 2009, 20 gestores receberam 6,2 milhões de euros de remunerações», afirma Armando Farias, destacando que «menos de metade daquilo que receberam estes 20 senhores dava para satisfazer a totalidade das reivindicações de mais de 2.000 trabalhadores».

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