Matosinhos Solidário (in Jornal de Matosinhos JMCarneira- adaptado)
Cerca de 2500 pessoas disseram “sim” à caminhada solidária pela Madeira e Haiti que decorreu na marginal de Leça da Palmeira na manhã de domingo, entre as praias de Leça e do Aterro, cerca de seis quilómetros. Esta edição do “Põe-te a Mexer pela Madeira e Haiti” deve-se a uma organização conjunta dos dois Clubes de Serviço do Concelho Lions Clube e Rotary Clube, que incentivaram a Câmara de Matosi-nhos a aceitar a que a actividade tivesse a finalidade de auxiliar as populações atingidas pelas últimas calamidades naturais.
As dez Juntas de Freguesia do Concelho associaram-se e na marginal de Leça da Palmeira observaram-se, entre os caminhantes, Guilherme Pinto, Nuno Oliveira e José Guilherme Aguiar, respectivamente presidente da Câmara, vice-presidente, e vereador do Desporto além de administrador da Matosi-nhos Sport, bem como os autarcas das Juntas de Freguesia de Leça da Palmeira, Guifões, Senhora da Hora, Santa Cruz do Bispo, S. Mamede de Infesta e Perafita. Quem também marcou presença, apadrinhando a iniciativa, foi a maratonista Aurora Cunha.
Antes da jornada, todos os participantes pagaram a inscrição de 5 euros, recebendo de troca uma t’shirt com os dizeres “Põe-te a Mexer... Solidariedade com a Madeira e o Haiti”. Todo o dinheiro recebido, mais o que a organização conseguiu obter nas dez Juntas de Freguesia onde também se podia fazer a inscrição, destina-se a ser enviado para os Clubes de Serviço do Haiti e Madeira que os encaminharão para as populações carenciadas.
E a acção na marginal foi mesmo um sucesso, vendo-se famílias intei-ras a caminhar por uma boa causa. A anteceder, todos efectuaram alguns exercícios de ginástica para que tudo corresse bem. No local havia uma tenda da Cruz Vermelha, onde vo-luntários faziam massagens aos músculos para que não houvesse problemas. Agentes da PSP, Polícia Municipal e Bombeiros asseguraram a segurança.
Fernando Santos, presidente do Lions Clube da Senhora da Hora, um dos obreiros da acção, referiu ao JM – de que é distinto, apreciado e dedicado colaborador – que participaram “alguns milhares de pessoas”, até porque grande parte das 3500 t’shirts postas à venda junto à partida esgotou, embora “tenha havido gente que as comprou, que não tenha participado na caminhada. O facto destes milhares de pessoas terem aderido é muito importante não só pela causa mas também para demons-trar à comunidade que os Clubes de Serviço existem exactamente para servir as pessoas carenciadas e os mais necessitados. Nos Lions há um lema: Nós Servimos”, enquanto que nos Rotários o lema é “Dar de Si Antes de Pensar em Si”, e é na conjugação deste dois lemas que estamos cá”.
Questionado se poderá haver no futuro uma acção do género com o objectivo de apoiar os mais caren-ciados do nosso Concelho, Fernando Santos afirmou que “este é o primeiro evento que promove as situações que vão acontecendo. Esta é uma parceria entre os dois Clubes de Serviços e no futuro vão unir-se em prol de novas causas”.
Manuel Andrade, responsável do Rotary Clube de Matosinhos, enalteceu a adesão da população, embora “não seja nada que me espante, pois as pessoas de Matosinhos são solidárias, estão atentas ao nosso dia a dia e quando os clubes Rotary Clube e Lions Clube abordaram a Câmara Municipal para lançarmos esta caminhada saudável em prol das populações do Haiti e da Madeira, sabíamos que íamos encotnrar eco nas pessoas do Concelho. E aqui estamos a sentir e a ver uma moldura humana, uma onda solidária, algo que nos dias de hoje é muito importante”.
Segundo Manuel Andrade, “não é a primeira vez que os dois clubes se unem por causas comuns, já lá vão muitos anos mas houve inciativas na história de ambos. Lembro que o Rotary Clube de Matosinhos tem 56 anos e o Lions Clube tem 43. Mas essas acções foram de menor dimensão, enquanto esta tem um dinamismo e uma envolvência dife-rente. É a primeira iniciativa conjunta de muitas que se vão seguir, pois queremos ser solidários com as nossas populações e certamente que o próximo projecto destinar-se-á a ajudar o nosso Concelho”.
Fernando Sá Pereira, presidente da Associação Empresarial do Concelho de Matosinhos, louvou a adesão de milhares de pessoas, considerando que “é extremamente importante porque vem provar que a comunidade matosinhense é soli-dária. Esta acção tornou-se um sucesso e deve repetir-se noutros locais do Concelho. É muito saudá-vel que todos nos juntemos, aproveitando o bom tempo, por causas comuns”. Quanto a fazer-se uma iniciativa em prol dos mais carenciados de Matosinhos, Sá Pereira considera que “felizmente no Concelho não tem havido catástrofes, mas concordo que haja acções para ajudar pessoas de cá, mas normalmente a solidariedade aparece quando há grandes catástrofes”.
Para Aurora Cunha, a caminhada solidária “é muito positiva. Ainda bem que a comunidade se lembra de que há pessoas que precisam do nosso apoio. Neste momento, quer o Haiti quer a Madeira necessitam de todo o nosso auxílio, porque infelizmente foram vítimas de intempérides. Esta é uma manhã diferente, em que milhares de pessoas ao praticarem desporto estão a mostrar-se solidárias com esses dois povos”. O desporto “tem uma vertente social muito importante porque podemos abrir fronteiras, sensibilizar as pessoas que se pode, numa manhã dife-rente, fazer exercício físico e ao mesmo tempo colaborar monetariamente para estas duas comunida-des”.
Autarcas solidários
Guilherme Pinto referiu que a caminhada é indicativa “da capacidade de organização dos Clubes de Serviços, integrada com a acção habitual do “Põe-te a Mexer”, que organizamos há quase dois anos. Tem duas funções, sendo uma delas demonstrar a solidariedade com a Madeira e o Haiti e também fazer com que as pessoas que acederam ao convite dos Lions e dos Rotários possam ficar clientes deste ‘Põe-te a Mexer’, que é muito saudável”. É, também, um evento que evidencia que “os matosinhenses são solidá-rios com quem necessita. Esta demonstração de solidariedade é muito importante e acho que a organização está de parabéns”.
José Guilherme Aguiar consi-dera que na marginal se viveu “uma manifestação com duas vertentes: a da solidariedade, muito importante e que nos permite ter uma acção em prol dos mais necessitados por parte da população, bem como um momento de preservar a saúde das pessoas, para que possam ter mais saúde e melhor qualidade de vida. A iniciativa do “Põe-te a Mexer”, da responsabilidade do Município, alcançou uma marca registada na comunidade, um factor de grande importância para a saúde dos mato-sinhenses”.
Pedro Sousa, presidente da Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, acentuou que “esta é uma manifestação clara de que quando nós chamamos a população para este tipo de causas, todos marcam presença. É uma causa solidária que se traduziu num sucesso. Estão aqui milhares de pessoas que com um pequeno contributo, vão fazer com que esta ajuda seja grandiosa não só pelo valior monetário mas também por esta sinergia e força que hoje estão a transmitir para aqueles que sofreram com as catástrofes na Madeira e no Haiti”.
Carmim do Cabo, presidente da Junta de Guifões, participou na cami-nhada, “com muito entusiasmo e sa-tisfação, porque a nota-se que a comunidade não está distraída das grandes causas e aqui convém de facto realçar esta parceria entre os Clubes de Serviços, porque é bom para acaba-rem com as rivalidades que existem entre as pessoas que servem e que às vezes dá a impres-são de que cada um joga para seu lado. Com estas sinergias todos temos a ganhar e esta iniciativa dos Lions e dos Rotários atesta que é possível e desejável a
cooperação de todos”.
Valentim Campos, presidengte da Junta de Freguesia Senhora da Hora, salientou que a caminhada é demonstrativa de que “o nosso povo é solidário, que tem um coração do tamanho do mundo, e que quando se trata deste tipo de iniciativas as pessoas aderem. Os matosinhenses são extraordinários. Aqui fez-se um excelente trabalho, junto de todas as Freguesias do Concelho e Câmara Municipal, uma acção magnífica dos Clubes de Serviço, algo extraordinário”. Quanto à eventualidade de se fazer algo em prol dos carenciados do Concelho, Valentim Cam-pos defende que “também se pode fazer. Estamos sempre abertos a iniciativas deste tipo. Acho que se devem criar mais acções solidárias, haver mais dinâmica à volta da ajuda a quem mais precisa. Seria excelente, é uma questão de começar”.
José Armando Férrinha, presidente da Divisão Cinco dos Clubes Lions do Concelho, defende que “uma vez por ano deveria haver uma acção conjunta dos dois Clubes de Serviços (Lions e Rotary Clubes). Seria muito determinante, positivo, e penso que há vontade em o fazer. A situação que estamos a viver é extremamente positiva, o resultado de dois meses de trabalho conjunto, demonstrativo da empatia nos dois movimentos e estamos todos muni-dos da grande vontade de organizar mais acções”, que darão “maior vi-sibilidade a ambos os movimentos, porque a sociedade civil não sabe o que representam os Clubes Lions e Rotários
sábado, 3 de abril de 2010
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Reafirmo, além já tomou alguma posição sobre a introdução das SCUTS?
ResponderEliminarVá manifestem-se dêm a cara, estamos a falar de pagamentos para a entrada e saída da nossa cidade.
Saudações Marítimas
José Modesto